Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal: inscrições abertas até 19/11

Programa é um dos que conseguiram aumentar sua nota de 4 para 5 na última avaliação quadrienal da Capes

O Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Vegetal da UENF (PGBV) está com inscrições abertas até 19/11/22 para o 1º semestre de 2023. O PGBV, que na última avaliação da Capes aumentou sua nota de 4 para 5, está oferecendo 15 vagas para Mestrado e outras 16 vagas para Doutorado. As inscrições devem ser feitas AQUI.

Criado em 2016 conjuntamente pela UENF e Universidade de Vila Velha (UVV), o Programa de Biotecnologia Vegetal já formou 43 mestres e 11 doutores. Atualmente, o Programa conta com 16 docentes da UENF  e 8 da UVV. São 70 discentes, sendo 43 no doutorado e 27 no mestrado.

Doutora em Biotecnologia pela Universidade de São Paulo (USP), a  professora Claudete Santa-Catarina, do Laboratório de Biologia Celular e Tecidual (LBCT) do Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB) da UENF, é a atual coordenadora Geral do PGBV na UENF.  Já a coordenadora local do PGBV na UVV é a professora Christiane Mileib Vasconcelos, doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Segundo Claudete, a UENF e a UVV atuam conjuntamente para a organização e gestão do Programa, em torno de uma matriz curricular unificada. Desta forma, o egresso do PPGBV possui a mesma formação acadêmico-científico-tecnológica das duas instituições. Além disso, existe o incentivo para o intercâmbio entre docentes e discentes, bem como a elaboração e execução de projetos de pesquisa em conjunto, com o objetivo de potencializar as competências de cada instituição.

No âmbito administrativo, há uma coordenação em cada instituição, estando a coordenação geral a cargo da UENF e a coordenação local na UVV. Esta gerencia e organiza as demandas do Programa junto com a Comissão Coordenadora de cada IES. Claudete ressalta que a matriz curricular do Programa é a mesma para as duas universidades.

“Os alunos do Programa vinculados à UVV podem assistir de forma remota às aulas das disciplinas ministradas na UENF, e vice-versa. Na parceria, está previsto também que docentes da UENF ministrem aulas presenciais na UVV, de forma condensada, permitindo uma melhor integração dos docentes e discentes das duas instituições”, explica.

Segundo Claudete, o diferencial do PGBV é justamente a associação das duas instituições, uma pública (UENF) e uma privada (UVV), o que permite uma complementação acadêmico-científica-tecnológica entre o corpo docente.

“Esta condição contribui para o crescimento do Programa, considerando as vocações de cada instituição e as expertises de cada docente vinculado ao Programa. A UVV tem um viés de formação mais científica-profissional, enquanto a UENF tem uma formação mais científica-acadêmico. No contexto de formação dos docentes, esta aproximação estimula a formação de um profissional com maior potencial de inserção no mercado de trabalho”, afirma.

O Programa foi criado em novembro de 2016, já iniciando suas atividades com o conceito 4. Segundo Claudete, de 2017 a 2020 todos os coordenadores do curso trabalharam empenhados para um possível aumento no conceito. Inicialmente foi promovida toda uma estruturação da matriz curricular do Programa, com foco em temas modernos de biotecnologia vegetal, como a inserção de um eixo sobre inovação e empreendedorismo.

Também foi traçado um plano de ação para enfrentar alguns desafios, entre eles garantir a defesa dos cinco primeiros doutorandos dentro do prazo do quadriênio, assim como obter produção científica e produção técnica e tecnológica (PTTs) de qualidade com os docentes e discentes do PGBV.

“Com o apoio da coordenação e empenho de toda a equipe, foi possível atingir os objetivos almejados. E, mesmo 2020 tendo sido um ano de pandemia da Covid-19, promovemos as defesas dos cinco doutores dentro do prazo para a avaliação, sendo um deles estrangeiro. A qualidade dos projetos permitiu ainda que uma de nossas discentes recebesse menção honrosa no Prêmio Capes de Teses 2020 e resultou numa ótima produção científica, com publicação de artigos de qualidade e obtenção de PTTs de docentes e discentes”, disse Claudete.

Segundo Claudete, o processo seletivo para ingresso de estudantes é realizado semestralmente, sendo organizado pela coordenação de cada IES, através de edital de processo seletivo divulgados em cada IES. São considerados a experiência do candidato através de seu Curriculum vitae, aderência do projeto de pesquisa a ser desenvolvido dentro das linhas de pesquisa do PGBV e o desempenho do candidato na entrevista. Os estudantes selecionados realizam a matrícula na sua respectiva IES. Na UENF, os discentes recebem bolsa de agências de fomento CAPES, FAPERJ ou da UENF, e na UVV, os discentes podem receber bolsa da agência de Fomento FAPES.

Linhas de Pesquisa:

a) Biologia Integrativa: Genômica, Proteômica, Metabolômica e Bioinformática

Estuda, de maneira detalhada e integrativa, os processos biológicos, correlacionando os parâmetros genéticos, bioquímicos, metabólicos e fisiológicos inerentes aos vegetais e microrganismos associados. A geração de dados, em larga escala, através de abordagens genômicas, proteômicas e metabolômicas, e sua integração através da Bioinformática propicia, além da efetiva caracterização da biodiversidade, a prospecção de novos genes, peptídeos e metabólitos secundários de interesse biotecnológico.

b)  Biotecnologia Aplicada à Agricultura e Ambiente

Estuda a aplicação da biotecnologia como ferramenta para aumentar a produtividade agrícola com o mínimo de impacto ambiental e produzir produtos e serviços de valor para a sociedade e o setor produtivo. Dentre as abordagens, destacam-se as metodologias de cultura de tecidos e micropropagação “in vitro”, o desenvolvimento e utilização de marcadores moleculares para a construção de mapas genéticos e a seleção de progenitores aplicáveis aos programas de melhoramento genético vegetal, bem como à seleção assistida por marcadores (MAS).

c)  Caracterização da Biodiversidade Vegetal e Bioprospecção de Compostos Bioativos

Contempla o estudo e caracterização da biodiversidade vegetal, incluindo análises da diversidade genética, taxonomia, caracterização morfo-anatômica, fitoquímica, e bioprospecção de novas moléculas. Juntas, tais abordagens visam a identificação, seleção, desenvolvimento e padronização de produtos oriundos da biodiversidade vegetal com potencial utilização industrial ou farmacêutica.

Pesquisa premiada

Em 2020, uma pesquisa da PGBV recebeu Menção Honrosa do Prêmio CAPES de Teses 2020, sendo a primeira tese da UENF com premiação da CAPES. A pesquisa premiada era da primeira doutora egressa do Programa, Lidiane Figueiredo dos Santos. intitulada “Bacterioma da semente: estrutura da comunidade e impactos na germinação, crescimento e proteção do milho (Zea mays L.)”, a pesquisa teve a orientação do professor Fábio Lopes Olivares.

Associada à Linha de pesquisa em Biotecnologia Aplicada à Agricultura e Meio Ambiente, a pesquisa também empregou abordagens “ômicas”, evidenciando a interdisciplinaridade enfatizada nos documentos da área de Biotecnologia da CAPES.

Como produtos derivados da tese, a discente publicou três artigos científicos como primeira autora em revistas científicas Qualis A e um capítulo de livro.  Ainda como resultado da tese, foi obtida uma coleção de cerca de 200 isolados bacterianos residentes da semente, mantidos na coleção de bactérias da UENF. Atualmente, a Dra. Lidiane atua como professora de Biologia para o ensino médio na rede pública de educação de Minas Gerais e para o CEFET-MG.

Fechar menu
plugins premium WordPress Pular para o conteúdo