Campos dos Goytacazes (RJ), quinta-feira, 10 de outubro de 2019 – Nº 3.941
A gestão de resíduos é imprescindível em uma sociedade onde 80% da população vive em áreas urbanas. E a UENF é pioneira nesta atividade, que permite o melhor aproveitamento da matéria-prima e a redução de agressão ao meio ambiente. Desde 2004, a Universidade, que nasceu inovadora, tem um projeto de coleta seletiva. A iniciativa nasceu no mesmo ano do curso de Engenharia de Produção como forma de aplicar ferramentas de gestão e atualmente recolhe em média 800 quilos de resíduos mensalmente.
As lixeiras coloridas do projeto estão em todos os prédios da UENF e o recolhimento é feito de segunda a sexta-feira. Os próximos passos do processo de gestão são a triagem e o armazenamento, feitos no prédio P5 pelos bolsistas do projeto. Em caso de maiores volumes de resíduo, a entrega pode ser agendada pelo telefone 27397048, do Laboratório de Engenharia de Produção (Leprod/CCT/UENF).
A entrega dos materiais coletados é feita no galpão da cooperativa Reciclar Campos, no bairro Novo Eldorado. Resíduos de vidro são entregues no Ponto de Entrega Voluntária (PEV) no Horto Municipal. O projeto também recebe resíduos de aparelhos tecnológicos, como computadores, pilhas e baterias, e encaminha para empresas capacitadas neste tipo de reaproveitamento.
Coordenadora do projeto, a professora da UENF Gudelia Morales explica a importância da gestão de resíduos.
– A gestão de resíduos é uma problemática grande para todas as cidades, porque as cidades estão crescendo. O lixo está crescendo. No Brasil, 80% da população é urbana, temos muitas pessoas consumindo e descartando material que pode ser aproveitado – disse.
Ainda segundo Gudelia, o projeto chegou a entregar duas vezes por mês nas cooperativas de reciclagem o volume mensal de 1500 quilos. Atualmente, a coleta está baixa e a entrega acontece apenas uma vez a cada trinta dias.
A aluna do curso de Engenharia de Produção da UENF e bolsista do projeto, Thaís Pessanha, destaca a relevância da coleta seletiva para as catadoras da Cooperativa. Segundo ela, a UENF colabora com grande volume de recicláveis e algumas cooperativas já fecharam pela quantidade de materiais não agradar aos compradores.
– As catadoras não tem salário fixo e vivem da venda do material reciclável. Uma vez que não tem esse material para elas venderem, não conseguem se manter – falou Thaís.
Texto: Gabriel Torres – estagiário de Jornalismo
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