O saber fotográfico envolve diversas áreas do conhecimento como Física, Química, Biologia, História, Geografia e Artes. O caráter interdisciplinar da fotografia já é comprovado e isso motivou o projeto de extensão universitária “Fotografia artesanal, precária e de gambiarra como um instrumento de ensino interdisciplinar”, coordenado pela professora Maria Priscila Castro, do Laboratório de Ciências Físicas (LCFIS/CCT).
Segundo a professora, as câmaras escuras do passado, utilizadas inicialmente para estudar a propagação e o fenômeno da refração da luz, bem como observação do céu, forneceram o princípio científico básico para confecção das primeiras máquinas fotográficas.
— A realização do nosso projeto, em uma primeira etapa, constituiu na realização de oficinas de fotografia artesanal para bolsistas do projeto, quando todo o processo físico e químico de revelação de fotografias foi através de câmeras Pinhole (buraco de agulha) — conta. A opção por este método tem por finalidade proporcionar ao fotógrafo o tempo na contemplação do ambiente antes de fazer a fotografia.
As câmeras são feitas com latas e a captura da imagem se dá por meio de um papel fotográfico fotossensível. Para que a imagem seja impressa, é necessário o processo de revelação químico, dividido em três etapas: revelação, interrupção e fixação das imagens no papel.
Para apresentar o trabalho ao público, os bolsistas envolvidos elaboram materiais didáticos das áreas de Física e Química.
— Preparamos panfletos e banners para Feiras de Ciências e também para oficinas com professores e estudantes de escolas. Esses alunos presentes podem conhecer sobre os diversos tipos de câmaras escuras e também interagir, bem como aprender os princípios científicos envolvidos — enfatiza a professora.
Os interessados em conhecer mais o trabalho podem seguir o @fotografiaprecariaedegambiarra.