Fundada em 2015, a Soul Code, empresa júnior de tecnologia e inovação da UENF, surgiu devido ao inconformismo de um grupo de alunos do curso de Ciência da Computação com a realidade do curso. A motivação dos alunos era mudar o contexto da universidade, começando por poder realizar uma boa semana acadêmica, aprender novas tecnologias e adquirir a experiência exigida pelo mercado de trabalho.
“O objetivo principal da Soul Code é agregar experiência prática e conhecimento aos seus integrantes, desenvolvendo a capacidade de utilizar seus aprendizados técnicos e criatividade a fim de potencializar habilidades, incentivando o espírito empreendedor e abrindo espaço a novas lideranças, buscando sempre aperfeiçoar o potencial dos seus colaboradores e clientes em consonância com os princípios do empreendedorismo, fazendo-os enxergar fora da caixa, ir além do óbvio, sempre aliando criatividade com a inovação”, diz a diretora-presidente da empresa, Isabella Bastos.
Atualmente a Soul Code conta com seis membros, sendo quatro deles alunos do curso de Ciências da Computação, uma aluna do curso de Engenharia de Produção e uma do curso de Medicina Veterinária. A empresa é gerida por um vice-presidente, um presidente e pelos diretores dos seus quatro departamentos: marketing, recursos humanos, administrativo-financeiro e projetos. Além de contar com um conselho administrativo formado por dois ex-diretores e um professor do curso de Ciência da Computação. “Nossa cultura organizacional é horizontal, o que significa que temos uma postura de liderança, mas nossas decisões são tomadas coletivamente em Assembleias Gerais”, ressalta Isabella.
Localizada na UENF, na sala das empresas juniores no prédio da Reitoria, a Soul Code desenvolve no aluno a habilidade de trabalhar em equipe, profissionalismo e proatividade. O aluno que faz parte da empresa júnior pode colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula e ainda ganha experiência no mercado de trabalho. Isabella explica que, para conciliar a rotina de estudos com o trabalho da empresa, é necessário que o aluno tenha foco, comprometimento e saiba gerenciar o seu tempo. “Em alguns casos, pelo colaborador já ter tido contato na empresa júnior com alguns assuntos, o aprendizado gerado acaba resultando em um melhor desempenho em sala de aula”, diz.
Para participar da Soul Code, o aluno deve estar matriculado em qualquer curso de graduação da UENF. A empresa realiza um processo seletivo anual dividido em três etapas: envio da documentação (curriculum vitae e declaração de matrícula); dinâmica em grupo e entrevista. Não é exigido que o aluno possua domínio do assunto para o cargo desejado mas, caso possua, será um diferencial.
As empresas juniores não possuem fins lucrativos, portanto os clientes que contratarem a Soul Code adquirem um serviço de qualidade e com preços abaixo do mercado. A Soul Code já desenvolveu sites para empresas como a CRW Mobilidade Sustentável e Engloba Consultoria, além de projetos que contribuem com a comunidade da UENF.
“De maneira a auxiliar os eventos realizados na universidade, como a semana acadêmica, desenvolvemos o EventCode, um aplicativo de gerenciamento de presença em eventos, garantindo a praticidade, a organização, a segurança e a precisão no controle de presença de inscritos, além de uma visão sustentável na redução do uso de papel. Outro projeto que desenvolvemos para a Universidade foi um webapp para o restaurante Universitário, onde os usuários do RU podem acessar e conferir o cardápio e todas as informações do restaurante”, explica Isabella.
Durante a pandemia do Covid-19 os colaboradores da Soul Code estão exercendo suas atividades através da modalidade home office, o que não atrapalhou o funcionamento da empresa, já que o tipo de serviço prestado já adere a essa modalidade. “No momento foi necessário adotar com maior frequência ferramentas como hangouts e o Discord para diminuir os impactos causados pelo distanciamento social, mantendo assim o espírito de amizade e o trabalho em equipe entre os colaboradores. Um desafio encontrado nessa quarentena foi a diminuição no número de novos projetos e, como forma de driblar a situação, o momento está sendo aproveitado para dar uma melhor qualificação aos colaboradores”, afirma Isabella.