Foi fácil encontrar um sorriso durante as comemorações da 9ª Semana do Servidor da UENF, que aconteceu nos últimos dias 29 e 30 de outubro. Com uma programação que envolveu oficinas, palestras, sorteios, música, troca de saberes, entre outros pontos altos, tanto o primeiro (AQUI) quanto o segundo dia de evento marcaram a rotina dos servidores que integram a instituição.

Entre eles, Paulo Peixoto, técnico em edificações da Gerência de Projetos de Engenharia (GPENG) da UENF.
– A Semana do Servidor é um evento bem legal porque une os servidores. É uma festa de encontros e conhecimento. Trabalho na Universidade há 27 anos e, atualmente, estou fiscalizando as obras de acessibilidade. Nada mais justo que ganhar uma bicicleta neste contexto – disse o servidor que levou uma bike durante o sorteio que envolveu diversas premiações.

Além do sorteio nos dois dias, os servidores da UENF contaram com oficinas de reaproveitamento de tecidos, barro, óleo e compostagem, mesas redondas sobre temas como “Resíduos Sólidos e Clima: Desafios e Soluções”, além da abordagem sobre o “Uso da inteligência artificial no serviço público”. Também tiveram apresentações musicais, literatura e grandes presenças durante o encontro.

Resíduos Sólidos e Clima: Desafios e Soluções
Durante a primeira Mesa Redonda do dia, de tema “Resíduos Sólidos e Clima: Desafios e Soluções” a professora Gudélia Arica lembrou da frase publicada pelo especialista em gestão e professor de ESG e Sustentabilidade, Jaques Paes, onde ele afirma que “boa parte dos resíduos (lixo) que geramos já nasce com data marcada para o descarte. Foi pensado assim, vendido assim. Nas palavras de Jean Baudrillard, não compramos o objeto em si, mas sua representação – um valor simbólico”.
– Às vezes a gente compra porque está na moda, está na propaganda, mas não é porque precisamos. Talvez porque todo mundo tenha e ‘eu’ posso comprar – completou a professora numa reflexão sobre o consumo desenfreado.
Também participaram da mesa, a professora Eliane Barbosa e o prefeito da UENF Rogério Castro. A mediação foi de Cristiano Peixoto, que também atua na área de Meio Ambiente.
A professora Eliane levou reflexões sobre como ações locais contribuem para os desafios globais que o planeta enfrenta e apresentou, ainda, dados sobre o aquecimento no planeta.
Sobre dados de temperatura do ar, segundo relatório publicado em 2021 do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o planeta vive um aquecimento crescente.
-Trazendo informações para mostrar a gravidade do tema, dados sobre temperatura do ar mostram que, nos últimos dois anos, não tem precedentes do atual aquecimento que estamos vivendo. Desde 1850 vemos um aquecimento crescente que já passou de um grau celsius. Lembrando que esse aquecimento não é uniforme, cada região vai ter um aquecimento diferente. Esse dado vai até 2020 – alerta, concluindo que a causa desse aquecimento são as emissões dos gases de efeito estufa, causadas por atividades humanas.

O uso da inteligência artificial no serviço público
À tarde foi realizada a mesa de debates com o tema “O uso da inteligência artificial no serviço público”. Teve a participação do jornalista e doutorando do Centro de Estratégia e Inovação da UFRJ, Ben-Hur Correia; do advogado público da UENF e professor do Isecensa e do Uniflu, Marcos Vinícius Filgueiras; da estudante do curso de Ciência da Computação da UENF, Binha Ferraz Dauma – tendo como mediador o vice-reitor da UENF, Fábio Lopes Olivares.

Ben-Hur destacou que a Inteligência Artificial tem ferramentas para serem usadas no dia a dia.
– Boa parte do tempo fazemos tarefas burocráticas, que conseguimos automatizar com a IA. A maioria das tarefas é relacionada a documentos e dados. A gente tem de entender que está passando a ser agente de IA e podemos delegar tomadas de decisão para as ferramentas de IA, que são extensões do nosso cérebro. E podemos expandir este conhecimento para nossa equipe – disse Ben-Hur.
Marcos Vinícius ponderou sobre o que chamou de automatização excessiva da vida.
– Eu não sou um anti-tecnologia. A tecnologia oferece vantagens, inclusive a inteligência artificial. Não tenho dúvidas que a IA vai ajudar muito. A tecnologia e a automatização da vida é irreversível. Mas não concordo com esta busca frenética em automatizar tudo na vida. Considero que a IA ainda é uma caixa preta. A vida não é uma equação matemática, tem emoções envolvidas – afirmou Marcos Vinícius.
Binha divulgou um e-book com dicas práticas de prompts.
-Os servidores estão enfrentando desafios para trazer a IA para o ambiente de trabalho. E o e-book é para vocês aprenderem na prática como utilizar as inteligências generativas e como fazerem prompts eficientes para serem aplicados no setor público em que vocês trabalham – comentou Binha.

A reitora da UENF, Rosana Rodrigues, agradeceu a participação de todos e falou sobre a honra de ocupar, junto ao vice-reitor, essas posições nesta universidade, que é um espaço de trabalho que amam, respeitam e admiram.
– Nós queremos ver esta universidade sempre nos patamares mais elevados, de excelência e qualidade. Não podemos fazer sozinhos, fazemos coletivamente e contamos com a participação de todos para obter cada vez melhores resultados para continuarmos sendo a instituição que faz a diferença no estado do Rio de Janeiro – conclamou a reitora.
Encerrado o evento, os servidores confraternizaram no Foyer do Centro de Convenções. Teve apresentação da Orquestra Mariuccia Iacovino, da ONG Orquestrando a Vida, que executou músicas clássicas brasileiras, como “Eu só quero um xodó”, “Carinhoso” e “Chuva de Prata”. Por fim, foi servido um coquetel e os servidores puderam curtir o show de Geverson Nascimento e Banda, que cantou e tocou sucessos da MPB, como “Eu te devoro”, “Papel Machê” e “Saigon.
(Jornalistas: Thábata Ferreira e Wesley Machado – Fotos: Cassiane Falcão – ASCOM /UENF)
				


