
A UENF abriu oficialmente, nesta segunda-feira, 1º de setembro de 2025, a Semana Acadêmica Unificada de 2025. A cerimônia contou com a presença da reitora, professora Rosana Rodrigues, da assessora da Pró-Reitoria de Graduação da UENF (PROGRAD), professora Nádia Rosa Pereira — que representou o pró-reitor de Graduação, professor Juraci Aparecido Sampaio —, além dos professores coordenadores de cursos que representaram cada um dos Centros da UENF: Hamilton Garcia Lima – Ciências Sociais (CCH); Antonio Gesualdi – Zootecnia (CCTA); Ana Beatriz Garcia – Ciências Biológicas – Bacharelado (CBB); e Rancés Lara – Engenharia Civil (CCT).
Na abertura, os coordenadores reforçaram a importância da participação estudantil na programação, destacando o evento como espaço de troca de saberes, integração e formação acadêmica. Eles também lembraram que todas as palestras e atividades são de extrema relevância e que os estudantes podem participar livremente, mesmo em eventos organizados por cursos diferentes do seu.
A reitora Rosana Rodrigues iniciou sua fala saudando estudantes, docentes, técnicos e coordenadores, ressaltando o papel destes últimos como elo fundamental entre os discentes e a administração superior. Em seguida, declarou com “grande honra e alegria” a abertura da Semana Acadêmica, parabenizando os estudantes pela organização do evento.
— Este é um exemplo vivo do compromisso, da criatividade e da força da juventude universitária — afirmou.
Ao relembrar os 32 anos da UENF, comemorados em agosto, a reitora destacou a rápida consolidação da Universidade como referência nacional, figurando entre as 15 melhores do país e sendo a segunda melhor do Estado do Rio de Janeiro.

— Alcançamos esse nível de excelência porque entendemos que é fundamental valorizar os estudantes. Não basta garantir o acesso, é preciso assegurar também a permanência — disse.
Nesse contexto, Rosana anunciou uma novidade recebida com entusiasmo pelo público presente: o reajuste no valor do auxílio moradia estudantil, que passará a vigorar a partir de outubro de 2025.
— Para nós, importa não apenas o ingresso do aluno, mas que cada um de vocês tenha condições de permanecer na instituição, amparados por políticas estudantis que fazem a diferença na vida da maioria dos nossos estudantes — ressaltou.
A reitora ainda reforçou a dimensão formativa da Semana Acadêmica, além da programação de palestras e oficinas. Para ela, o evento é “um espaço de encontro, diálogo e construção coletiva, onde novas ideias florescem e diferentes áreas se conectam”. E concluiu com um recado aos estudantes:
— Vocês são protagonistas deste evento. Desejo que esta semana seja marcada pela troca de saberes, pelo respeito à diversidade e pela inspiração para novos projetos.
(Texto: Giovanna Toledo / estagiária, sob supervisão de Fúlvia D’Alessandri – ASCOM/UENF)
Palestra aborda empreendedorismo

Após a cerimônia de abertura, o empresário David Figueira ministrou a palestra “Da Universidade ao Empreendedorismo Serial: Como a Excelência Acadêmica Impulsiona a Inovação Empresarial”. O professor Gonçalo Apolinário, diretor da Agência UENF de Inovação (AgiUENF), fez a apresentação do palestrante, destacando o seu pioneirismo na construção de uma carreira empreendedora no setor de bebidas fermentadas:
— David foi cofundador do Grupo Lamas, da Incubadora Cogumelo e da SIM – Cerveja sem Álcool. O grupo ajudou a lançar mais de 50 micro cervejarias no país, contribuindo decisivamente para a evolução do mercado no Brasil. Sua mais recente criação, a SIM, é uma das cervejarias sem álcool mais premiadas do mundo. Hoje ele compartilhará conosco experiências que conectam a Universidade ao empreendedorismo serial e vai nos falar como a excelência acadêmica impulsiona a inovação empresarial.
David iniciou a palestra contando como, de doutor em Física da Unicamp, acabou se tornando um grande empresário do ramo da cerveja. Segundo ele, tudo começou com um grupo de amigos do curso de Física que tinham como hobby a produção artesanal de cerveja. A primeira cerveja, produzida em 2008, foi feita de forma despretensiosa — não era vendida, mas apenas distribuída dentro da universidade entre amigos.
— Como bons estudantes, a gente anotava tudo em um caderno e, dessas anotações, saiu um blog com dicas sobre como produzir cerveja em casa. O blog virou referência nacional e foi a partir dele que criamos nossa primeira empresa, que é a Lamas — contou.
David relatou que, como não havia locais para a compra dos insumos no Brasil, logo o grupo decidiu montar uma pequena empresa fornecedora para quem quisesse fazer cerveja em casa.

— Boa parte das cervejarias do Brasil comprava os insumos que a gente trazia de fora. Virou uma grande importadora. Ai surgiram vários outras empresas que orbitam em torno da Lamas. Até que a gente criou uma Incubadora de novas ideias cervejeiras. Pessoas que faziam cerveja em casa e não tinham grana pra montar uma planta fabril poderiam usar a Incubadora para lançar comercialmente uma marca no mercado — contou.
Segundo ele, hoje a cervejaria é uma referência nacional em comercialização de bebidas fermentadas, com um parque de laboratórios industrial de altíssima tecnologia instalado em Campinas, atendendo outras marcas.
— Dessa cervejaria surgiram dezenas de marcas que estão hoje no mercado. As grandes cervejarias usam a gente como laboratório para lançar produtos, então virou referência no desenvolvimento de novos produtos — disse, acrescentando que o grupo já formou mais de 20 mil cervejeiros e participou diretamente da formação de cerca de 50 marcas brasileiras.
David ressaltou o papel da universidade pública na promoção de um bom ambiente de inovação tecnológica. Segundo ele, ao ajudar a formar empresas, a universidade pública também está dando uma resposta à sociedade, pois as empresas geram impostos e empregos. Lembrando da inauguração do Parque Tecnológico na última sexta, disse que a UENF está no caminho certo na área de empreendedorismo e logo terá muitos frutos.
— Isso que vocês estão vivenciando aqui na UENF já aconteceu na Unicamp, que é mais antiga. Ela sempre foi conhecida por incentivar a inovação, inclusive hoje existe na grade curricular da graduação um curso de empreendedorismo. Temos um total de 1.600 empresas que saíram da Unicamp, gerando 53 mil empregos e 28 bilhões de reais em faturamento anual — afirmou.
Saiba mais sobre a Semana Acadêmica AQUI.
(Jornalista: Fúlvia D’Alessandri – Fotos: Cassiane Falcão – ASCOM/UENF)