UENF comemora o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, foi instituído em 2015, com objetivo de promover reflexões sobre a equidade de gênero nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Dados do Relatório de Ciências da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) apontam que, em todo o mundo, as mulheres representam apenas 28% dos graduados em engenharia e 40% em ciência da computação e informática.

A Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) atua na promoção da equidade de gênero na Ciência, de acordo com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos na Agenda 2030. Ao longo de seus 27 anos, história da UENF é permeada por grande contribuição de meninas e mulheres cientistas.

Fernanda Coelho atua no Laboratório de Química e Função de Proteínas e Peptídeos (LQFPP). Sua trajetória acadêmica foi iniciada no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, pelo CEDERJ. Na UENF cursou mestrado em Biociências e Biotecnologia e atualmente é doutoranda em Genética e Melhoramento de Plantas. O contato com a universidade foi o que motivou seguir a carreira acadêmica.

Fernanda Coelho com as orientadoras, na defesa do mestrado.

“Na modalidade de ensino EAD/Cederj há tutorias presenciais para esclarecimento de dúvidas. A maioria dos mediadores eram alunos de mestrado ou doutorado na UENF, que me incentivaram a conhecer a Universidade e os laboratórios dos quais faziam parte. Comecei a frequentar e estagiar num laboratório da UENF e isso despertou em mim o interesse em seguir na carreia acadêmica. A vontade de aprender, de poder contribuir para a sociedade com a ciência é o que me motiva a seguir”, pontuou.

Mariana Sena tem 24 anos, é mestranda no Programa de Pós-Graduação em Políticas Sociais (PPGPS), pesquisa sobre educação e gênero, tendo como pano de fundo o universo feminino na cadeia produtiva da pesca artesanal. Para ela, romper estereótipos oportuniza a inserção da mulher na ciência.

Mariana Sena, no V CONEPE.

“É preciso romper com os estereótipos e evidenciar, de maneira concreta, que a mulher pode sonhar e realizar o sonho de sua profissão, independente da área científica escolhida. É somente a partir dessa inserção que conseguiremos alcançar a igualdade na ocupação destes e muitos outros cargos, assim como a equidade de gênero”, completou.

Georgiana Feitosa ingressou na UENF em 2010, é professora e pesquisadora no Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo (LENEP), no campus Macaé. Aos 42 anos, mãe de dois meninos, ela se divide entre a família e a ciência, numa área onde a atuação masculina predomina.  Segundo ela, os desafios enfrentados no meio acadêmico não são maiores que o amor pela profissão.

Georgiana Feitosa no International Meeting on Organic Geochemistry, na Suécia.

“Discute-se muito essa questão de que a carreira científica é pautada em um “modelo masculino”, por causa da competição que existe na academia e também da dedicação ao trabalho, que deve ser integral para uma maior produtividade. O que me motiva é o amor pelo que faço. Eu sou uma entusiasta da ciência. Constantemente estou em busca de novos desafios, saio da minha zona de conforto. Além disso, tenho tido a sorte de receber orientandos motivados, que aceitam compartilhar das minhas ideias em busca de respostas para os desafios que surgem no caminho. Não há espaço para eu pensar na discriminação que enfrento por eu ser mulher”, finalizou.

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