O Rio de Janeiro recebeu nos dias 11 e 12 de março o Science 20 (S20), grupo que conta com a participação de membros das academias de ciências dos países que representam as 20 maiores economias do mundo, e que nessa edição contou com a participação da representantes da União Europeia, e também da União Africana. A convite da presidente da Academia Brasileira de Ciências, a UENF foi representada no evento pelo vice-reitor, professor Fábio Lopes Olivares.
Criado em 2017, o Science 20 (S20) é o grupo de engajamento para a área de ciência e tecnologia do G20. Formado pelas academias nacionais de Ciências dos países do G20, o grupo promove o diálogo entre a comunidade científica e os formuladores de políticas. O S20 opera como um fórum, sendo suas reuniões realizadas anualmente, antes da cúpula do G20.
O preceito do governo brasileiro para o G20 é “Construir um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”. Mais do que um lema, o slogan expressa o compromisso e o desejo do Brasil de promover acordos justos que promovam o desenvolvimento econômico e social global. Também destaca a necessidade de redução da fome, da pobreza e da desigualdade em todo o mundo, bem como o desenvolvimento socioambiental efetuado através de uma transição ecológica justa e inclusiva.
Com o sentido do desafio, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) assumiu a tarefa de organizar a 8ª edição do Science20 (S20), definindo como lema “Ciência para a Transformação Global” e submeteu um documento preliminar para estimular a discussão e assimilar contribuições das delegações para construção de um documento final a ser entregue aos líderes mundiais no fórum do G20. O documento foi estruturado em cinco forças-tarefa: (1) Inteligência Artificial: ética, impacto social, regulação e compartilhamento de conhecimento; (2) Bioeconomia: impulsionando o mundo em direção a um planeta sustentável; (3) Processo de Transição Energética: energias renováveis, considerações sociais e económicas; (4) Desafios de saúde: qualidade, equidade e acesso e (5) Justiça Social: promover a inclusão, acabar com a pobreza e reduzir as desigualdades.
A presidente da Academia Brasileira de Ciência, Helena Nader explicou que a ideia do encontro é tentar fazer uma convergência entre as instituições participantes: “Os temas que serão discutidos têm impacto global. Se a gente não começar a ter convergência, o mundo não anda”, afirmou. Disse também que é importante ter a rede africana no evento, porque ela vai dialogar com as demais academias de ciência do mundo.