
O doutorando Maiclley Ferreira, do Programa de Pós-Graduação em Biociências e Biotecnologia (PGBB) da UENF, teve seu trabalho premiado em 1º lugar no grupo temático “Biologia Interação Parasito-Hospedeiro”, recebendo o Prêmio Zigman Brener na categoria Doutorado durante a a XL Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Protozoologia.
Trata-se de um congresso internacional com mais de 50 anos de tradição no Brasil e no mundo, que este ano foi realizado em Caxambu–MG, entre os dias 10 e 12 de novembro.
O trabalho tem a orientação do professor Sergio Henrique Seabra, do Laboratório de Biologia Celular e Tecidual (LBCT) do Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB).
Segundo Maiclley Ferreira, este evento possui forte ligação histórica com pesquisadores do mundo, destacando-se como um espaço de grande relevância científica na área de protozoologia.
Durante o congresso, ele apresentou originalmente em Inglês parte da sua pesquisa de doutorado intitulada: “In vitro and in vivo evaluation of the Zinc Complex associated with Biocurative using 3D printing technology for the treatment of tegumentary ulcers induced by Leishmania amazonensis” (Produção de pele artificial rica em colágeno e células sanguíneas com MetaloComplexo ZnBS para o tratamento de úlceras causadas por Leishmania amazonensis em camundongos”, em tradução livre para o Português)
Maiclley afirmou que este resultado é significativo porque, de acordo com o pesquisador, marca a primeira vez que um doutorando do PGBB/UENF conquista esta premiação e que a UENF conquista o pódio.

— A relevância científica e institucional desse reconhecimento valoriza a pesquisa produzida na UENF, incentiva novos pesquisadores e dá visibilidade ao impacto do trabalho desenvolvido no PGBB — destacou Maiclley.
O orientador do estudante premiado, professor Sergio Henrique Seabra, comentou que o prêmio vem de um trabalho que vem mostrando resultados fantásticos, segundo Seabra.
— Testamos fármacos contra um parasito que afeta a população brasileira, a Leishmaniose. Os resultados de Maiclley são inovadores, pois acrescentamos uma forma nova de tratamento, através da aplicação de uma pele artificial com o fármaco, para eliminar a lesão causada pelo protozoário e levar à cura da doença — informa Seabra.
O orientador ressaltou ainda que Maicley vem trabalhando neste projeto desde o seu mestrado.
— Já estamos há três anos trabalhando no projeto, com resultados muito importantes. Os MetaloComplexos mostram-se como grupo de fármacos muito eficazes contra os protozoários patogênicos ao homem — enfatizou Seabra.
(Jornalista: Wesley Machado / ASCOM/UENF)



