Enactus UENF busca mudar realidade de comunidades vulneráveis

Com o objetivo de contribuir para a mudança da realidade das pessoas que vivem em comunidades vulneráveis, foi criada em 2016 a organização estudantil Enactus UENF. Formada inicialmente por 12 estudantes, hoje o grupo é formado por oito alunos de graduação da UENF — três do curso de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo, um de Engenharia Civil, dois de Engenharia Metalúrgica e de Materiais e dois de Engenharia de Produção.

“A Enactus é fruto do sonho e determinação de  estudantes que sentiram falta da existência de algum movimento ou organização não só focada no desenvolvimento profissional como também pessoal”, conta o presidente da organização, Olivier Oliveira Batista Ramos Gomes. A criação da Enactus teve a mentoria do professor Ronaldo Paranhos, do Laboratório de Materiais Avançados da UENF (LAMAV). “Sua ajuda foi essencial para a estruturação da organização, levando em conta toda sua experiência no âmbito do empreendedorismo e vontade de realizar novos trabalhos”, diz Olivier.

Segundo ele, o objetivo central da Enactus UENF é desenvolver e praticar o empreendedorismo social por meio de projetos replicáveis e autossustentáveis identificados e conduzidos junto a comunidades locais, que venham a intervir sobre problemas de ordem econômica, social e/ou ambiental.  A ideia é empoderar  pessoas e comunidades, tornando-as capazes de melhorar de forma contínua sua realidade.

Os projetos visam impactar de maneira positiva comunidades que passam por vulnerabilidade social ou financeira. “Para tanto, são desenvolvidos em conjunto com cada comunidade a fim de mudar a realidade das pessoas ali presentes. Seguimos algumas metodologias desenvolvidas para tornarmos a pessoa como centro principal, como por exemplo o HCD (Human Centered Desing), seguindo o próprio conhecimento, desejo e medo da comunidade na criação e desenvolvimento”, explica Olivier.

A escolha dos membros da Enactus é feita através de um processo seletivo, podendo se inscrever alunos de todos os cursos de graduação e programas de pós-graduação da UENF. O principal requisito para participar da organização, segundo Olivier é estar alinhado aos valores e missão da Enactus e estar empenhado em trabalhar com o time. O processo é dividido em formulários de inscrição, dinâmicas em grupos, entrevista individual e posteriormente processo trainee, onde os aprovados recebem treinamentos e capacitações para atuarem dentro do grupo. A organização é dividida em quatro diretorias: Diretoria Geral, Diretoria de Estratégia e Projetos, Diretoria de Marketing e Diretoria de Gestão de Pessoas.

Ao participar da Enactus UENF, os alunos adquirem, além de experiência de trabalho em equipe, conhecimento em gerenciamentos de projetos, gerenciamento de tempo, melhor organização, desenvolvimento de liderança, dentre outras hard skills (capacitações técnicas). Os alunos também podem usufruir das oportunidades oferecidas pelos parceiros da Enactus Brasil, como treinamentos, capacitações, webinars, eventos e até processo seletivo exclusivos para enactores.

Dentre as ações já realizadas, ele cita o projeto Dó Ré Mi, no qual a equipe desenvolveu estratégias de marketing e financeiras a fim de auxiliar na administração da ONG Orquestrando a Vida, que  contava com aproximadamente 200 crianças e adolescentes na época de funcionamento do projeto. “As estratégias utilizadas contribuíram com o engajamento não apenas da administração, como também de pais e responsáveis pelos alunos”, conta.

Outro projeto foi o RU Inovações, desenvolvido através de uma parceria do time Enactus UENF com o Restaurante Universitário da UENF, como forma de implementar a sustentabilidade na universidade. Foram realizadas atividades de conscientização de desperdício de alimentos, consumo de plástico, dentre outros, auxiliando na entrega dos eco copos.

O projeto Integrar, também desenvolvido pela Enactus, tem como objetivo o desenvolvimento profissional da equipe e incubação de seus projetos em suas fases iniciais, de criação e prospecção. O desenvolvimento profissional e integração do time se dá por meio de treinamentos, ações sustentáveis, debates, entre outras atividades estabelecidas mensalmente. Já a fase de incubação ocorre mediante a criação de novos projetos, ocorre através de prospecções e visitas a comunidades carentes na região de Campos dos Goytacazes.

Segundo Olivier, os alunos que participam da equipe não têm dificuldades em conciliar o trabalho e os estudos. “As atividades propostas pelo time são bem flexíveis, com prazos de entrega estabelecidos de comum acordo pelo membro e seu diretor. Também não há um horário específico na qual devem ser realizadas. Apenas as visitas à comunidades e Reuniões Gerais que são marcadas previamente pela equipe”, explica, lembrando que todo membro recebe um treinamento de gerenciamento de tempo quando passa pelo Processo Trainee.

O período de quarentena vem sendo utilizado para aprimorar os conhecimentos e preparação para novos projetos. “No início,  enquanto nos acostumávamos e reinventávamos perante a novo cenário, houve treinamentos online e participação em eventos dos parceiros da rede, tais como o Curso de Desenvolvimento Sustentável em Foco da Arcos Dorados, TTC Unilever e Enacthon. Atualmente estamos nos preparando para prospectar novos projetos, principalmente para o âmbito da Covid-19”, conclui Olivier.

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