Irmãs UENF: do Centro-Oeste para o mundo

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Rosimara, Rosimeire e Rosieli

Em seus 30 anos de vida, a UENF vem abrindo portas para pessoas de todas as partes do país. Ao encontrar na Universidade um ambiente acolhedor e promissor, muitos que chegam acabam continuando a trajetória acadêmica na Universidade, servindo de espelho para amigos e familiares. Foi o que aconteceu com as irmãs Rosimara, Rosimeire e Rosieli Barboza Bispo, que vieram do Mato Grosso e hoje são pós-graduadas pela UENF.

As três irmãs — duas delas gêmeas (Rosimara e Rosimeire) — são naturais do município de Alta Floresta-MT. Elas fazem parte de uma família de pequenos agricultores. Rosimara conta que o pai produz leite, queijo, batata, mandioca, cana-de-açúcar, além de criar porcos. Já a mãe, aposentada, trabalhou na área de saúde. No total, a família tem cinco irmãs.

O primeiro contato de Rosimara com a UENF ocorreu em 2017, quando cursava a graduação em Biologia na Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat) e surgiu a oportunidade de realizar um estágio no Laboratório de Genética e Melhoramento de Plantas da UENF (LMGV). Seu orientador de TCC, Sérgio Alessandro Machado de Souza, era pós-graduando na UENF, o que a incentivou a fazer sua pós-graduação também na UENF, na área de Genética e Melhoramento de Plantas.

— A UENF foi uma porta para oportunidades que eu não tinha na minha cidade. Com essa base que a Universidade me proporcionou, vou levar o retorno para a região, que é referência de soja e outras culturas. Existe esta demanda e é necessário esse retorno proporcionado pelo conhecimento da UENF, por isso pretendo voltar para a minha terra — afirma Rosimara, que pesquisa genética e melhoramento para o agronegócio, como a resistência genética sem o uso de agrotóxicos, pesticidas e fungicidas.

O primeiro contato de sua irmã gêmea, Rosimeire, com a UENF também foi através de um estágio, no ano de 2018. Ela conta que veio para a Universidade por incentivo de sua irmã. Depois do estágio, acabou cursando o mestrado em Biotecnologia Vegetal e o doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas. A tese de doutorado foi defendida no início deste ano. Através da UENF, Rosimeire também teve a oportunidade de realizar doutorado sanduíche na Universidade de Nebraska, em Lincoln, Estados Unidos. Atualmente, ela realiza seu pós-doc na Dinamarca.

— Foram seis anos de UENF. Um período de  muito aprendizado, conhecimento e oportunidades. Quando eu lembro da UENF, lembro de conhecer pessoas, fazer contatos. Na Universidade não só adquiri conhecimento como também conheci muitas pessoas não só na vida profissional como na pessoal também. A UENF abriu muitas portas para mim. É um local de muitas oportunidades — afirma.

Além das obrigações acadêmicas, as irmãs gêmeas se identificaram também com as atividades esportivas realizadas no campus universitário. As duas participaram de vários campeonatos pela Atlética Ururau, tendo sido campeãs de futsal, basquete, handebol e vôlei.

—  A parte do esporte influencia o trabalho em equipe. As habilidades do esporte são um diferencial  para a vida, oferecem benefícios. Fui influenciada pelo meu pai que foi jogador amador de futebol de campo — diz Rosimara.

A outra irmã, Rosieli, conta que veio para a UENF em 2020,  também por influência de Rosimara e Rosimeire, depois de terminar o mestrado na Unemat. Na época, ela estava trabalhando como professora no Mato Grosso. A trajetória de Rosieli na UENF, porém, foi marcada por dificuldades, por conta da pandemia de Covid-19. Ela conta que teve depressão, síndrome do pânico e muita ansiedade.

— Agradeço muito à UENF, principalmente ao Daniel, secretário do programa de Genética. Ele me orientou como agir, peguei um afastamento, fiquei seis meses afastada para me recuperar. Aí depois eu retornei. Graças a Deus e ao apoio que eu tive de outros colegas, professores, da UENF, eu consegui concluir o doutorado — lembra Rosieli.

Apesar das dificuldades, ela considera sua trajetória na UENF muito importante, por todo o conhecimento que pôde adquirir, além das relações sociais e de amizade que ganhou no período em que esteve na Universidade.

—  A UENF representou uma mãe para mim. Uma coisa que me ajudou muito na UENF foi o grupo de estudo. Era muito interessante, pois a gente acaba tendo mais contato pessoal com os pesquisadores, vendo a pesquisa sob outra perspectiva, se sentindo parte deste meio científico. A gente  não se sente só aluno, mas pesquisador. Os professores que a gente admira são gente como a gente, têm problemas como a gente. Enfim, a UENF representa para mim muito aprendizado e uma visão de mundo — afirma.