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As abelhas nativas são um ótimo instrumento para fomentar a preservação da biodiversidade. E foi com esse objetivo que, em 2020, nasceu o projeto “Trilha das abelhas”, desenvolvido no Laboratório de Ciências Ambientais, no Centro de Biociências e Biotecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). A pesquisa é coordenada pela professora Maria Cristina Gaglianone e conta com 12 participantes.
De acordo com a coordenadora do projeto, os propósitos são divulgar a ciência e promover a capacitação da comunidade para as ações de conservação.
“Atuamos através da implantação de trilhas e jardins em áreas públicas, como o Horto Municipal e escolas, com a finalidade de divulgar o conhecimento sobre as abelhas nativas e a necessidade de preservação destes insetos e dos seus habitats. Além disso, atuamos facilitando as práticas sustentáveis para uso na polinização de plantas nativas, cultivadas e na educação ambiental”, completou.
O programa tem alcançado um grande público por meio da participação nas feiras itinerantes da UENF, promovendo a interação entre a Universidade e as escolas da região. A apresentação do projeto nas feiras fomenta a criação de clubes de ciências em escolas e o desenvolvimento de atividades de iniciação científica. Além disso, também é realizado um trabalho de divulgação nas redes sociais, cursos e palestras.
Segundo Maria Cristina, o interesse da comunidade pelas abelhas aumentou muito nos últimos anos, o que tem demandado a qualificação.
“Nossa ideia é promover a divulgação e capacitação mais correta e eficiente possível. As abelhas são muito importantes para nossa vida, porque são os principais polinizadores e grande parte dos alimentos dependem delas para a polinização, formação de frutos e sementes. Da mesma forma, são essenciais nas florestas e em outros ambientes naturais, pois as plantas precisam delas para sua reprodução”, finalizou.
Capacitação – No início do mês de março, o projeto realizou o curso de extensão “Biologia e manejo de abelhas sem ferrão – abelhas jataí como ferramenta de educação ambiental”, no campus Leonel Brizola, com aulas teóricas e práticas. A procura pela qualificação superou todas as expectativas. De acordo com a coordenadora do “Trilha das abelhas”, a intenção é que novas edições sejam promovidas para qualificar a comunidade interna e externa.
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