“A inclusão acontece quando se aprende com as diferenças e não com as igualdades”, disse o educador Paulo Freire. E a UENF vem dando sua contribuição para a educação inclusiva através do Núcleo de Acessibilidade Pedagógica da UENF (NAP), que foi reaberto, na última quinta-feira, 18-08-22. A cerimônia reuniu professores, estudantes e membros da Administração da Universidade, na sede do NAP, localizada entre o P3 e o P5.
O objetivo do NAP é promover a interação entre a sociedade a Universidade por meio de ações e atividades que possam contribuir de forma efetiva para a Inclusão de Pessoas com Deficiência na Educação Básica e Superior. O reitor da UENF, Raul Palacio, e a vice-reitora Rosana Rodrigues participaram da reabertura do NAP. Raul falou da importância do Núcleo para a Universidade:
“Esse programa está direcionado para professores que possam aprender como lidar com a pessoa com deficiência, como produzir uma série de materiais que sejam acessíveis para esse público. Ainda tem uma parceria com os estudantes da UENF, que se formam nos cursos de Licenciatura para que eles complementem a formação deles para trabalhar com os estudantes com deficiência”, disse.
O coordenador-geral do NAP, professor Sergio Luis Cardoso, do Laboratório de Ciências Químicas do Centro de Ciência e Tecnologia da UENF (LCQUI/CCT), abriu o evento lembrando que tudo começou quando ele se deparou com os desafios para ensinar Química Geral aos primeiros alunos com deficiência ingressantes na UENF, após a Lei de Inclusão de Pessoas com Deficiência. Aos poucos, a ideia da criação do Núcleo foi se desenvolvendo e culminou com sua institucionalização e estruturação física em 2019.
A professora Ana Paula Madeira Di Beneditto, do Laboratório de Ciências Ambientais (LCA), do Centro de Biociências e Biotecnologia (CBB), apresentou a estrutura do Núcleo e as frentes de ações. A equipe é formada por seis docentes, uma técnica-administrativa, seis bolsistas de extensão alunos da Universidade, seis bolsistas de Universidade Aberta, uma tradutora intérprete de Libras, uma pedagoga especializada em Sistema Braile.
Funcionamento do NAP – O Núcleo tem três frentes de atuação. O NAP externo, com participação em feiras e exposições, suporte de professores da Educação Básica, instruindo, apresentando e doando material grafo-tátil para as escolas. Além disso, há cursos para professores da Educação Básica e para o público interessado em Educação Inclusiva.
O NAP interno, ou seja, com ações dentro da UENF, fornece apoio aos docentes e estudantes, não só aqueles com deficiência, mas também os que precisam de um suporte pedagógico. “Não vamos dar aula de Biologia, Física e Química, mas vamos assessorar esse professor não só pelo tipo de recurso que ele pode usar para esse aluno, mas como deve posicionar fisicamente esse estudante na sala de aula. São ajustes, adaptações”, explicou a professora Ana Paula.
Já o NAP digital é a plataforma que está sediada dentro do ambiente virtual de ensino-aprendizagem da UENF e disponibiliza material pedagógico acessível para facilitar a inclusão escolar. A organização do NAP Virtual segue a Base Nacional Comum Curricular.