
Um dos problemas mais recorrentes na vida estudantil é o estresse, provocado pelas exigências acadêmicas e pela pressão social. Seja por conta de prazos apertados ou dos desafios da formação, essa sobrecarga pode afetar diretamente a saúde dos alunos, contribuindo para o surgimento de quadros de ansiedade, depressão e outros transtornos emocionais. Diante desse cenário, muitas instituições de ensino têm adotado práticas como o yoga e a meditação como estratégias para aliviar o estresse e promover o bem-estar na comunidade acadêmica.
Embora o yoga não seja considerado uma terapia nem classificado como esporte, sua prática tem se mostrado eficaz no auxílio ao tratamento de estresse e ansiedade. De acordo com o site GE Globo, “por aliar benefícios físicos e mentais, a prática ajuda a aliviar as tensões emocionais, a otimizar a circulação sanguínea e a alongar e fortalecer diferentes músculos do corpo”. Além disso, o yoga auxilia na melhoria da qualidade do sono, bem-estar e disposição do indivíduo.

Foto: Renan Carneiro
Na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), o projeto de extensão “Yoga na UENF”, vinculado à Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (ProAC) e coordenado pela professora Mara de Menezes de Assis Gomes, teve início em 2023 e atualmente conta com cinco turmas em funcionamento, quatro no campus da universidade e uma na Casa de Cultura Villa Maria. Com um total de 135 participantes, entre estudantes, servidores e moradores da comunidade local, o projeto realiza encontros semanais voltados à prática da meditação e ao bem-estar integral dos envolvidos.
A prática do Hatha Yoga tem duração de 60 minutos e consiste no uso de posturas associadas à respiração consciente e à atenção plena, chamadas de posturas psicofísicas, fundamentadas em um conjunto de princípios éticos e morais que podem, assim, transformar-se em um estilo de vida.
Para a professora Mara, a partir do momento em que a pessoa pratica o Yoga, ela precisa estar completamente conectada com corpo e mente para o bom desempenho da prática.
— Isso já ajuda a tirar um pouco o foco de outros problemas e a oferecer uma nova percepção em relação à sua resolução — ressalta.
Entre os benefícios, a coordenadora do projeto destaca que a prática alinha o corpo físico com a respiração
— Assim, promove uma maior percepção do próprio corpo, ajudando no relaxamento, controle da ansiedade, autoconhecimento e, inclusive, há relatos de melhoria de dores físicas — disse a professora Mara.

Foto: Renan Carneiro
Podem participar maiores de 18 anos e sem problemas de mobilidade (é aconselhado que pessoas com 50 anos ou mais tragam laudo médico). No ato da inscrição, por meio do Google Forms, os participantes respondem a uma ficha de anamnese que visa identificar possíveis problemas de saúde física, incluindo posturais, lesões articulares e dores, além de aspectos psicológicos e emocionais. A frequência é controlada por meio de lista de chamada, e a permanência nas aulas está condicionada à regra de que, a cada duas faltas não justificadas, o aluno perde sua vaga.
Além das aulas regulares, o projeto oferece mensalmente aulões abertos para toda comunidade, realizados no Centro de Convenções da UENF ou no jardim do Centro de Cultura da Villa Maria, com um bate-papo e lanche ao final. O Projeto conta com a participação de uma professora docente e coordenadora, três professoras de yoga (bolsistas Universidade Aberta Nível Superior), e duas bolsistas discentes e graduandas da UENF.
A professora finaliza dizendo que no momento não há vagas, mas que em breve um novo formulário deverá ser aberto.
— Trabalhamos com cadastro e chamamos as pessoas a partir deste cadastro. Novo cadastro só deve ser feito em 2026 — finalizou.
Para mais informações acesse o perfil @yoganauenf no Instagram
(Texto: Anna Letícia Bila – bolsista, sob supervisão da jornalista Fúlvia D’Alessandri – ASCOM/UENF)

Fotos: Gabrielle Guimarães